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Carbono Azul

Atualizado: 6 de jul. de 2022



Quando abordamos o tema de “Sequestro de Carbono”, ou “Neutralização de Carbono” a primeira coisa que costuma vir à mente é o Protocolo de Quioto que propunha aos países que estes protegessem grandes áreas de florestas servindo como sumidouro de Carbono para serem convertidas posteriormente em créditos.

No entanto um outro “tipo de carbono” começa a chamar a atenção da Comunidade Internacional: o Carbono Azul, também conhecido como blue carbon.

CARBONO AZUL

Os oceanos e as regiões costeiras são os reguladores climáticos da Terra, cobrindo 72% da superfície do planeta e sendo responsáveis por absorverem cerca de 40% do carbono emitido pelas atividades humanas desde a Revolução Industrial.

Regiões costeiras com grandes populações podem impactar negativamente os oceanos

Ecossistemas costeiros, como manguezais, pântanos de maré e prados de ervas marinhas, portanto, atuam como reservatórios profundos de gases de efeito estufa.

O problema atual é que tanto os oceanos quanto as regiões costeiras estão sob pressão, em meio ao aquecimento global, à destruição de habitats, à poluição e aos impactos da pesca excessiva e da atividade industrial. Todos estes fatores estão contribuindo para reduzir o papel dos oceanos na mitigação das mudanças climáticas.

Carbono Azul pode ajudar na solução

Por meio de nossos esforços, podemos evitar danos ou até mesmo restaurar os oceanos. Isso aumentaria a absorção de carbono da atmosfera e poderia fazer com que alcançássemos a metade estabelecida no Acordo de Paris sobre Mudanças Climáticas.

Carbono Azul pode auxiliar positivamente na economia dos países


Além da importância como sumidouro de carbono, o Carbono Azul também pode impactar positivamente a economia dos países que estão conectados com os oceanos. Por exemplo, à medida que os manguezais se recuperam, as populações de peixes e fauna marinha se expandirão, apoiando a pesca e o turismo baseado na natureza, além de reforçar a proteção costeira e filtrar o escoamento.

As soluções climáticas baseadas na natureza nos oceanos do mundo podem desempenhar um papel mais importante nos esforços de conservação e redução de carbono em todo o mundo.

Os ecossistemas costeiros atualmente reconhecidos como possuindo o maior potencial para a mitigação do aumento de dióxido de carbono na atmosfera são os mangais, pradarias marinhas, sapais e florestas de algas. "As taxas de captação de carbono pelos ecossistemas marinhos são muito mais elevadas do que o captado pelos ecossistemas terrestres. Trata-se, por isso, de uma solução de base natural para as alterações climáticas", afirma a Gulbenkian.


Fonte : eccoar.com.br

*Rafael Zarvos - Advogado e fundador da Oceano Resíduos, especialista em ESG.


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